segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Pique bandeira com rolamentos

Alunos discutindo a estratégia do jogo


Momentos do jogo


todos a postos


Equipes envolvidas ao máximo



domingo, 26 de setembro de 2010

Professor Nota 10...2009

Projeto: Chaturanga
Professor: Sérgio Jesus de Andrade
Disciplina: Educação Física Escolar
Faixa Etária: 2º e 3º Anos do Ensino Fundamental
                                                                                          
JUSTIFICATIVA
O Projeto nasceu de uma conversa entre professores, equipe gestora e alunos, da EMEB Prof. Geraldo Pinto Duarte Paes, onde as aulas de Educação Física têm um formato diferenciado das demais escolas da rede municipal de ensino da cidade de Jundiaí, sendo ministradas em formato de oficinas específicas. Nesta escola os alunos vivenciam diferentes oficinas, entre elas a oficina Corpo e Movimento onde foi desenvolvido o Projeto Chaturanga.
Com a reforma da quadra; o pouco espaço para as aulas de educação física; combinado com a falta de rendimento dentro de sala devido ao pouco nível de atenção dos alunos; as altas temperaturas do início do ano letivo e pensando em proporcionar aulas que fossem interessantes e significativas, que os alunos conseguissem desenvolver habilidades e competências, decidi construir este projeto de xadrez, possibilitando que os alunos participassem de atividades físicas constantes nas expectativas de aprendizagem da escola, com estratégias diferenciadas do currículo escolar.
Dentro do projeto da escola, “Respeito de Todo jeito”, que visa tornar nossos alunos cidadãos autônomos, e capazes de tomar decisões acertadas nas suas vidas, optei pelo xadrez, que é um jogo com infinitas possibilidades de jogadas e entre todas você sempre precisa escolher a melhor, sendo ainda um jogo que desperta a imaginação e a atenção de milhões de jogadores desde a sua criação.
OBJETIVOS, CONTEÚDOS CURRICULARES, METODOLOGIA
Neste relato optei por utilizar os objetivos, conteúdos curriculares e metodologia em uma só parte, tendo em vista que o projeto se deu de forma uniforme e dinâmica.
O principal objetivo deste trabalho é de ser uma proposta diferenciada. Sendo assim, realizei com os alunos, um levantamento sobre tudo que gostariam de aprender. Dentre tantas propostas sugeridas, optei por uma que fosse inovadora, em que eles não tinham muito conhecimento. Para minha satisfação, surgiu o xadrez, que além de ser uma proposta desafiadora é estimulante.
Desafio lançado: conseguir aplicar um conteúdo novo para 250 alunos de 2º e 3º anos do ensino fundamental. O xadrez, que dentro de tantas outras qualidades, desenvolve a capacidade de concentração e raciocínio nos alunos.
No primeiro momento foi realizado levantamento de conhecimentos prévios, oralmente e em situação de jogo. Muitos não sabiam como era o jogo e nem como se jogava, alguns não tinham nunca visto um tabuleiro, outros alunos já sabiam jogar. Após esta etapa, iniciou-se a apresentação do tabuleiro e das peças aos alunos, por meio de uma história. O tabuleiro foi montado passo a passo, assim como o movimento das peças. Os alunos foram se envolvendo com toda a história, perguntando, participando das aulas, sempre com vontade de saber mais e conhecer o movimento de todas elas para que pudessem jogar de acordo com as regras próprias do jogo.
Ao final da etapa de conhecimento das peças e montagem do tabuleiro, era hora de jogar, colocar em prática o que foi aprendido nas aulas anteriores. Para minha surpresa e satisfação uma boa parcela dos alunos assimilou o conteúdo, e o jogo corria solto nas salas de aula.
As oficinas de xadrez tiveram duração de dois meses, totalizando oito aulas, que aconteceram uma vez por semana, agregadas ao planejamento de Educação Física.
As aulas foram teóricas e práticas. Trabalhamos em sala de aula e na lousa interativa. No início de todas as aulas foram distribuídos aos alunos os tabuleiros e as peças do xadrez para que as crianças se apropriassem do jogo.
As oficinas foram desenvolvidas da seguinte forma:
1ª oficina: Conhecimento da história do jogo: Li para os alunos a história do pequeno Yuri, que no dia de seu aniversário ganhou de seus pais um jogo de xadrez. Dentro do texto já destaquei algumas peças e características do jogo, que fui elencando juntamente com os alunos na lousa, para posteriormente conversar com eles sobre as mesmas. Uma coisa que chamou muita atenção dos alunos foi o fato do xadrez atual ter o nome de “Chaturanga”.
2ª oficina: Conhecimento do tabuleiro e das peças: Na lousa interativa apresentei para os alunos um desenho intitulado “Geri´s game” no qual um velhinho joga xadrez sozinho. Voltamos à sala e discutimos os aspectos do desenho, depois eu desenhei um tabuleiro na lousa, e contei uma história de um casamento entre o rei e a dama. Peça a peça fomos, eu e os alunos montando o tabuleiro. Ao final da história os alunos sozinhos, em um primeiro momento e depois em duplas montaram novamente o tabuleiro para assimilação de todos e também para a colocação das peças.
3ª oficina: As peças e suas movimentações (peão e torre): A partir deste momento a maioria dos alunos já tinha conhecimento de como se montava o tabuleiro. Era hora de começar a conhecer os movimentos das peças. Com ajuda dos alunos, montamos um teatro, desta forma as peças começavam a ganhar vida, deixaram de ser simples peças colocadas no tabuleiro, afinal agora elas se movimentavam. Um fato que me chamou muito a atenção foi o aluno Mateus do 3º ano, que era agitadíssimo em sala, ele ficou pacientemente ensinando a aluna Morine que estava com dificuldade em aprender a movimentação e captura pelo peão. Depois de explicado as movimentações de peão e torre os alunos realizaram então, um jogo com estas peças, o jogo da torre e do peão, onde eles mostravam o conhecimento adquirido na aula.
4ª oficina: As peças e suas movimentações (bispo e cavalo): Em um primeiro momento os alunos, sempre sentados em duplas, montavam seus tabuleiros com todas as peças, depois retiravam as peças que não seriam utilizadas no momento. Iniciei as intervenções com as peças bispo e cavalo. Mostrei para os alunos como se movimentavam as duas peças. O cavalo foi muito mais fácil para os alunos, pois sua movimentação em “L”, construindo a palavra “CA-VA-LO”. O que mais se ouvia na sala de aula era os alunos repetindo “- CA-VA-LO”.
No decorrer desta oficina surgiu uma necessidade! Os alunos queriam jogar em suas casas, mas seus familiares não sabiam. Lançamos um desafio, no qual os alunos deveriam ensinar seus familiares. Nesta etapa o projeto já estava tomando outras proporções, a de reunir a família para aprenderem juntos o jogo do xadrez e colocarem em prática entre elas.
5ª oficina: As peças e suas movimentações (dama e rei): Por fim era hora de encher o tabuleiro que ainda tinha algumas casas vazias. Usei algumas estratégias como: o rei que é o dono do reino, não pode se cansar muito por isso ele anda uma casa só. A dama é a protetora do rei precisa ser rápida, por isso anda mais casas e para todos os lados. Pronto! Nosso tabuleiro estava montado, todas as peças prontas para o jogo. Agora era hora de ver o conhecimento que os alunos conseguiram adquirir de tudo que foi passado até o momento. Fomos ao jogo. Todos os alunos em duplas se cumprimentaram e começaram a jogar, neste momento surgiram vários questionamentos. “- Professor, como se movimenta o peão mesmo?” Para minha surpresa o próprio parceiro explicaria, “- Ele anda pra frente e captura para os lados.” Conteúdo assimilado pude continuar com as aulas.
6ª oficina: Abertura e primeiros passos do jogo: Os alunos já tinham conseguido entender a dinâmica do jogo, mas era preciso saber os atalhos, como iniciar uma boa partida. Depois de montado o tabuleiro, fui explicando sua principal parte, o centro, Mostrei aos alunos que quem conseguisse dominar primeiro esta parte teria mais chances de ter sucesso. Fiz uma analogia com o futebol, onde o time que consegue dominar o centro do campo consegue mais sucesso. Coloquei para os alunos que neste processo a atenção é fundamental.
A atividade do projeto caminhava a todo vapor, decidimos então realizar um festival de xadrez em duplas, no qual cada aluno poderia participar com algum membro da sua família.
Neste momento surgiu mais uma necessidade: os tabuleiros que tínhamos na escola não seriam suficientes para a realização do festival. Entramos em contato com o Projeto Pintando a Liberdade, do Governo Federal e solicitamos mais tabuleiros para nossa escola, Fomos prontamente atendidos. Agora sim poderíamos realizar nosso festival.
Organizei com a ajuda da escola as inscrições para o 1º festival de xadrez de duplas. As mesmas foram enviadas através dos alunos para casa.
7ª oficina: Prática do jogo, xeque e xeque-mate: Os alunos já retinham muitas informações do jogo, já conseguiam desenvolvê-lo. Era momento de saber finalizá-lo, ou seja, conseguirem dar um “xeque” no adversário. Foi o máximo! Outra vez ouvi o borbulho na sala, -“xeque”, “xeque-mate”. Aos poucos eles foram entendendo como podiam evitar e como também se livrar de um “xeque”. O jogo tomou forma nas salas, os alunos estavam prontos para o grande desafio. Era preciso ensinar seus pais a jogar, para daí juntos jogarem no 1º Festival de Xadrez em duplas da escola, que estava se aproximando.
8ª oficina: Prática do jogo e encerramento do Projeto. Na última semana do projeto os alunos tiraram suas duvidas. Estavam ansiosos para o dia do festival. Na finalização do projeto realizou-se um festival em duplas entre pais e alunos, neste festival participaram aproximadamente 300 pessoas.
Com as inscrições previamente feitas, os espaços foram organizados separando as turmas por séries: uma sala para as duplas dos segundos anos e dos terceiros anos. As mesas e tabuleiros estavam prontos, só aguardando os jogadores. Iniciou-se as partidas. As duplas revezaram-se nos tabuleiros. Várias partidas aconteceram ao mesmo tempo. Em uma noite fria e chuvosa todos participaram envolvidos, no final do festival todos os alunos participantes receberam uma medalha e seus pais receberam um texto sobreo projeto, como prêmio de participação.
O 1º festival de xadrez de duplas da EMEB Prof. Geraldo Pinto Duarte Paes, como foi intitulado, aconteceu no dia 24/04/09, no período noturno recebendo pais e filhos. Para sua realização, o evento contou com a colaboração de toda equipe escolar, que proporcionou a todos os presentes, momentos ricos de imensa integração entre escola, pais e comunidade.
AVALIAÇÃO
O projeto teve início em Março do ano corrente, sendo desenvolvido dentro da oficina de Corpo e Movimento. Em um primeiro momento conquistei os alunos para a prática do xadrez. Trouxe personagens que fossem palpáveis para os alunos com os quais eles conseguissem assimilar o conteúdo.
A cada oficina era realizada uma avaliação de todo conteúdo apresentado, para que fosse possível verificar o conteúdo que os alunos tinham retido, e se já podia passar para a próxima oficina ou teria que retomar algum conteúdo, pois as aulas seguintes sempre dependiam de um conhecimento adquirido em aulas anteriores, a avaliação foi feita em sala, com perguntas relativas ao conteúdo da aula, e em jogos relativos as peças com as quais estávamos trabalhando no dia.
Os alunos foram responsáveis pela avaliação, pois jogavam em duplas e tinham a chance de sempre estar observando as jogadas do adversário. Uma fala que ficou fixada pelos alunos é “- Para você jogar bem precisa sempre ajudar o seu adversário, quanto mais ele aprende mais você precisa aprender também.”
A avaliação do projeto é positiva, os alunos de um modo geral conseguiram assimilar os conteúdos. No decorrer do percurso os alunos demonstraram grande vontade de começar a praticar o jogo em casa com seus familiares, mas foi encontrada uma barreira, seus familiares não sabiam jogar xadrez, lançamos uma proposta para os alunos, ensinar seus familiares a jogar, para que todos pudessem aprender, e juntos jogar, assim conseguimos fazer um elo de aprendizagem: escola-família-escola. Os alunos ficaram muito entusiasmados com os avanços no jogo, eles aprendiam na escola e tinham a oportunidade de ensinar em seus lares.
Inicialmente faríamos um festival interno com os alunos, como fechamento e avaliação final do projeto, mas devido às proporções que o projeto tomou, no qual os alunos jogavam não somente dentro das salas de aula, mas também em seus lares com seus familiares, propus um festival em duplas, em que cada aluno participante jogaria com um familiar, os alunos toparam a idéia e o festival foi um sucesso!
AUTOAVALIAÇÃO
Desde 2006 desejava trabalhar xadrez nas minhas aulas, e nessa escola encontrei o espaço necessário, e no novo projeto que minha escola está desenvolvendo, este meu desejo se encaixou perfeitamente.
A minha maior satisfação foi perceber que as minhas aulas estavam sendo entendidas e os alunos estavam conseguindo captar o conteúdo apresentado. A avaliação que faço do projeto é muito positiva, pois percebi que os alunos em um primeiro momento tinham pouco conhecimento do xadrez, agora conseguem desenvolver o jogo sem grandes dificuldades. Umas das maiores satisfações foi o fato de uma mãe de um aluno do 3º ano, que também é professora de educação física, me falar que há tempos tentava ensinar seu filho a jogar e não tinha êxito, e em oito aulas ele conseguiu aprender o jogo e desenvolver sem problemas até ensinando ela a jogar.
Eu como Professor vejo que, todo processo foi positivo, tendo em vista o desafio que era grande no inicio do ano, uma escola nova, um projeto novo, e lançar uma nova proposta de ensino.
Desenvolver este projeto dentro da escola me fez repensar em muito na maneira de ensinar a educação física. Pude perceber que uma aula de educação física pode ser muito proveitosa e prazerosa longe das quatro linhas da quadra e que atividades diferenciadas chamam em muito a atenção dos alunos.
Nos dias de hoje é necessário refletir sobre as atividades corriqueiras, o xadrez traz esta possibilidade, onde o aluno reflete sobre seus atos.
É certo que precisaremos fazer alguns ajustes para o próximo ano, já que os alunos de 2º e 3º anos continuarão na escola. Os alunos já têm um conhecimento adquirido. para os novos alunos poderemos manter alguns aspectos importantes de aprendizagens citadas e vividas. Algumas aulas precisarão ser reformuladas e refeitas. Estes ajustes poderão ser relatados em um próximo projeto, como estou referindo-me a este, paro por aqui, sabendo que meus alunos tiveram a oportunidade de adquirir um novo conhecimento e que puderam ser propagadores de um conteúdo assimilado e aprendido dentro da sala de aula nas suas casas com seus familiares.

JOGOS E BRINCADEIRAS TRADICIONAIS, UMA PROPOSTA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

                                                                                                              
Sérgio Jesus de Andrade
                 Orientadora: Profª Renata Costa de Toledo Russo
ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE JUNDIAÍ - ESEF

RESUMO
Este estudo de cunho bibliográfico têm como objetivo fazer um resgate cultural dos jogos e brincadeiras tradicionais que estão se perdendo com o passar do tempo. Nos dias de hoje é fato que as crianças têm menos espaços para brincar. Enquanto que em épocas passadas elas tinham as ruas, parques, bosques, hoje em dia estes espaços estão cada vez mais escassos, sem falar da falta de segurança e a concorrência com os carros nas ruas, sem falar também da concorrência com o vídeo game e o computador. O brincar faz parte da vida da criança, e é uma fonte natural de conquistas, vivências e novas experiências, é no brincar que as crianças aprendem muitas coisas que a vida pode lhes ensinar, vivências como: o respeito, entendimentos de regras, viver em grupos, dividir espaço e material, entre outras experiências que o brincar pode oferecer as crianças.Para muitas crianças a escola é o único espaço para brincar, o que torna a educação física escolar um pouco diferente do que se vivia em épocas anteriores. Nos dias de hoje o brincar está muito mais presente dentro das aulas, mas um brincar com objetivo e não puramente largar a criança no meio da quadra com um amontoado de brinquedos. O resgate de alguns jogos e brincadeiras tradicionais tais como: jogos de pegar, cantigas de roda, amarelinha, barra manteiga, mãe da rua, pedrinhas entre outras, estão presentes nas aulas.
Palavras-chave: Jogos. Brincadeiras. Educação Física Escolar

INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje é fato que as crianças têm menos espaços para brincar, enquanto que em épocas passadas elas brincavam nas ruas, parques, bosques. Atualmente esses espaços estão cada vez mais escassos, sem falar na falta de segurança e o excesso de carros nas ruas como também da concorrência desleal com o vídeo game e o computador.
O brincar faz parte da vida da criança, é uma fonte natural de conquistas, vivências e novas experiências. É no brincar que as crianças aprendem muitas coisas que a vida pode lhes ensinar, vivências como: o respeito, entendimentos de regras, viver em grupos, dividir espaço e material, entre outras experiências que o brincar pode oferecer as crianças.
Nos dias de hoje para muitas crianças a escola é o único espaço para brincar, o que torna a Educação Física Escolar um pouco diferente do que se vias em épocas anteriores. Hoje em dia o brincar está muito mais presente dentro das aulas, mas um brincar com objetivo e não puramente largar a criança no meio da quadra com um amontoado de brinquedos. O resgate de alguns jogos e brincadeiras tradicionais tais como: jogos de pegar, cantigas de roda, amarelinha, barra manteiga, mãe da rua, pedrinhas entre outras, estão presentes nas aulas.

DEFININDO CULTURA

Para começarmos a definir cultura vamos recorrer ao dicionário da língua portuguesa, no qual XIMENES (2000) definiu “cultura como ação ou modo de cultivar. 2. Plantação. 3. Desenvolvimento intelectual. 4. Antrop. Conjunto de experiências e realizações humanas (costumes, crenças, instituições, produções artísticas e intelectuais) que caracterizam uma sociedade. 5. Conjunto de conhecimentos adquiridos numa determinada área de atividade. 6. Conjunto de atitudes e comportamentos que caracterizam certa mentalidade. => Cultura inflacionária.
Assim antropologicamente falando podemos definir cultura como: conjunto de experiências e realizações humanas (costumes, crenças, instituições, produções artísticas e intelectuais), (XIMENES, 2000).
A palavra “cultura”, em sua origem no latim, significa ação ou maneira de explorar certas produções naturais, cuidado com o campo e criação de animais. Sua origem, portanto, está associada à ideia de trabalho produtivo. (NEIRA, 2008).
Nesta ideia de Neira (2008), a cultura estava somente relacionada ao trabalho no campo.
Podemos também definir cultura segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs (Brasil, 1998) como:
[..] um conjunto de códigos simbólicos reconhecíveis pelo grupo. Neles o indivíduo é formado desde o momento de sua concepção; nesses mesmos códigos, durante a sua infância, aprende os conhecimentos e valores do grupo; por eles é mais tarde introduzido nas obrigações da vida adulta, da maneira como cada grupo social a concebe. (p. 27).

A cultura é tudo aquilo que criamos, vivenciamos, modificamos e adaptamos conforme nossas necessidades como explica (DAOLIO , 1995).
O homem é um ser influenciável, e como a cultura de um povo pode influenciar outro, com o passar das gerações os homens vão mudando, aperfeiçoando e aprimorando, com tudo isso algumas coisas vão ficando para trás, como por exemplo, as rodas familiares de conversas, as brincadeiras na rua, as festividades que antigamente ocorriam nas casas, ruas e igrejas. Nos dias de hoje os eventos festivos acontecem de forma isolada, sem o engajamento de muitas famílias, fazendo que certas tradições se percam no tempo.
Segundo NEIRA (2008, p.33),
em 1871, Edward B. Tylor, etnólogo inglês, utilizou o termo “cultura” (em inglês, culture) como síntese de kultur e civilization, abrangendo em uma só palavra todas as realizações produzidas pelo homem ao longo da sua história. Essa definição caracterizada “cultura” como algo adquirido, refutando a ideia inata, dependente biologicamente.

Acompanhando o raciocínio do autor, podemos afirmar que todas as produções humanas ao longo dos tempos são formas de cultura.
Os jogos, brinquedos e brincadeiras, são elementos da cultura de um povo, e não podem perder suas características com o passar dos tempos. A cada geração temos que levar estas características aos mais novos, estes jogos, brinquedos e brincadeiras possuem um repertório riquíssimo, podendo ser inseridos nas aulas de Educação Física Escolar podendo facilitar em muito nossas aulas.


A IMPORTÂNCIA DO RESGATE DE JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR.

Por toda sua infância o brincar é uma coisa muito presente na vida das crianças. Em épocas passadas as brincadeiras tinham como principal local a rua ou espaços abertos, sem o grande fluxo de carros e com segurança.
Nos dias de hoje as brincadeiras monótonas, e/ou pouco gasto de energia vem ganhando espaço na vida das crianças. Os computadores, os vídeos games, a televisão se tornaram grandes aliados dos pais e crianças quando a questão é brincar. Por parte dos pais por serem sempre dentro de casa, sob a supervisão dos mesmos, e por parte dos filhos, que tendo em vista não poderem sair na rua para brincar se refugiam nas telas dos mesmos.
Segundo Betti (1998) apud Costa (2006), os adolescentes brasileiros despedem em média quatro horas por dia vendo televisão.
Os jogos e brincadeiras folclóricas foram perdendo espaço com o passar dos tempos, ora pela falta de espaço, ora pela falta de segurança como afirma FARIA JUNIOR (1996):
[...] jogos populares infantis, parlendas e brinquedos cantados foram sendo perdidos (ou transformados) nos últimos cinquenta anos, possivelmente como consequência dos processos de urbanização e de industrialização. (p.59)
O brincar é algo presente para todos, principalmente para as crianças. Para algumas é tão sério quanto o trabalho dos seus pais, pois na brincadeira pode ser livre para criar e vencer seus próprios limites.
Para alguns o espaço escolar é o único momento em que esta criança pode brincar sem estar o tempo todo voltada para um equipamento eletrônico. Sentar no chão, rolar, correr, gritar, extravasar, são algumas das sensações que os alunos sentem durante uma aula. Uma brincadeira, por exemplo, de pegar, onde o aluno precisa correr para “fugir” do pegador, pode liberar muitas sensações diferentes em cada aluno da sala de aula. Enquanto um aluno que se movimenta pouco pode estar com a adrenalina a mil, outro aluno que tem um repertório motor mais vasto está tranquilo e calmo esperando o pegador se aproximar mais para depois sair correndo.
O brincar é algo nato da criança, em todos os momentos nos quais não está realizando algo que algum adulto pediu, ela está brincando, seja com um brinquedo ou com alguma “coisa” que ela encontrou no chão.
Segundo Borba (2006), estudos da Psicologia baseados em uma visão histórica e social dos processos de desenvolvimento infantil apontam que o brincar é um importante processo psicológico, fonte de desenvolvimento e aprendizagem, sendo assim por que não trazer o brincar para a Educação Física Escolar?
Pipa, esconde-esconde, pique, passaraio, bolinha de gude, bate mãos, amarelinha, queimada, cinco-marias, corda, pique-bandeira, polícia e ladrão, elástico, casinha, castelos de areia, mãe e filha, princesas, super-heróis...Brincadeiras que nos remetem à nossa própria infância e também nos levam a refletir sobre as crianças contemporânea: de que as crianças brincam hoje? Como e com quem brincam? (BORBA, 2006, p.33).

Devido ao grande desenvolvimento das cidades, os espaços estão ficando cada vez mais limitados, as crianças estão sendo obrigadas a brincar em pequenos espaços, e em muitos casos, só sobrando as aulas de Educação Física nas escolas, ficando para nós Professores de Educação Física a responsabilidade de propagar para os alunos, os brinquedos e brincadeiras que os seus pais e avós brincavam na sua infância.
Segundo Cascudo (1984) e Kishimoto (1999; 2003), os jogos tradicionais infantis fazem parte da cultura popular, expressam a produção espiritual de um povo em uma determinada época histórica, são transmitidos pela oralidade e sempre estão em transformação, incorporando as criações anônimas de geração em geração. Ligados ao folclore, possuem as características de anonimato, tradicionalidade, transmissão oral, conservação e mudança. As brincadeiras tradicionais possuem, enquanto manifestações da cultura popular, a função de perpetuar a cultura infantil e desenvolver a convivência social.
Os jogos e brincadeiras tradicionais como podemos observar em Kishimoto (1992) apud Calegari e Prodocimo (2006), que antigamente eram passados de geração para geração, hoje se perdem por diversos motivos, um dos quais podemos citar, é a pouca convivência familiar, devido aos muitos compromissos assumidos pelas famílias no dia-a-dia. Os pais trabalham fora o dia todo, as crianças por sua vez, ao invés de brincar, estão indo cada vez mais cedo para cursinhos e escolinhas, perdendo o pouco tempo disponível para brincar.
Nos dias de hoje o que está faltando para que nossas crianças brinquem?
A meu ver, um dos fatores é o fato das crianças não saberem do que brincar, como poderão elas brincar de algo que não lhes foi ensinado?
Como uma criança pode brincar de mãe da rua em frente a sua casa se ela nunca nem ouviu falar desta brincadeira?
Estes questionamentos podem resolver alguns dos problemas que às vezes ocorrem nas aulas de Educação Física, nós Professores de Educação Física podemos fazer este resgate cultural de brinquedos, jogos e brincadeiras e levar ao conhecimento de nossos alunos durante nossas aulas, possibilitando que eles adquiram este conhecimento, não somente apresentar os brinquedos, jogos e brincadeira, mas também trazer ao conhecimento do aluno toda sua história, e trajetória pelo mundo.
[...] é lamentável o fato de que estas brincadeiras tradicionais não se tenham sido incorporadas ao conteúdo pedagógico das aulas de Educação Física. Pois, aprender a trabalhar com essas brincadeiras poderia garantir um bom desenvolvimento das habilidades motoras sem precisar impor as crianças uma linguagem corporal que lhes é estranha. (FREIRE, 2003, apud SANTOS, 2009, p. 211).
O brincar é algo inato á criança, os jogos e brincadeiras tradicionais trazem um repertório motor riquíssimo para as crianças, quando temos a possibilidade de incorporar estes jogos e brincadeiras tradicionais nas aulas, damos a possibilidade das crianças vivenciarem um pouco mais da cultura do nosso povo, ganhando em conhecimento e aprendizagem motora.
Velasco (1996), afirma que na antiguidade as crianças brincavam e participavam das festividades, lazer e jogos dos adultos, mas ao mesmo tempo tinham também um espaço reservado para que elas realizassem suas próprias atividades. O que incluía nestas atividades o que hoje chamamos de brincadeiras populares, pois naquela época a brincadeira era considerada um elemento cultural, do riso e do folclore.
Ao observarmos uma criança que brinca, percebemos uma coisa curiosa: seu estado de espírito coincide com sua concentração no objeto da brincadeira, jamais é estático e possui um sentido de atração que contagia. (JUNIOR, 1999).
Como podemos observar os jogos e brincadeiras folclóricas são de extrema importância no desenvolvimento motor da criança, mas até que ponto podemos afirmar que uma brincadeira de rua pode ser importante no desenvolvimento motor e social da criança?
Cavallari e Zacharias (1997) afirmam que é difícil estabelecer que uma determinada atividade é uma brincadeira, um pequeno jogo ou um grande jogo. Para podermos definir, temos que ver como esta atividade será desenvolvida no caso estudado e assim chegar a uma conclusão. O próprio professor pode utilizar uma mesma atividade em forma de brincadeira, pequeno jogo ou grande jogo, adaptando-se ao publico a ser atingido. Para transformar uma brincadeira em jogo ou vice-versa, basta utilizar as regras de acordo com as características da atividade.
Uma brincadeira de rua, um jogo popular, pode facilmente ser inserido nas aulas de Educação Física, basta o Professor dar o enfoque adequado na atividade. Uma brincadeira de mãe da rua, por exemplo, pode ser inserida nas aulas de correr, tendo em vista a complexidade da atividade, uma vez que os alunos são “obrigados” a estarem sempre atentos ao pegador, para poderem desviar e não serem pegos, podemos ainda trabalhar diversas capacidades físicas nesta mesma aula.
O brincar é algo que acompanha a criança por toda sua vida, de acordo com LOPES (2001, p. 35), o jogo e o exercício, é a preparação para a vida adulta. “A criança aprende brincando, e é o exercício que a faz desenvolver suas potencialidades”.
Não podemos deixar de lado o fato das crianças viverem em casas e apartamentos, sendo assim também não podemos desvincular a rua da escola.  Antigamente os grandes talentos eram descobertos em peneirões realizados nas várzeas, nas poucas quadras poliesportivas que existiam, e nos dias de hoje eles são descobertos nas escolinhas de esporte. O que antes se aprendia na rua, hoje se aprende nas escolinhas, este fato reforça ainda mais o papel do Professor de Educação Física escolar, evidenciar em suas aulas vivências que possibilitem o desenvolvimento motor, levando ao aluno conhecimento e vivências motoras. Não devemos traçar uma linha de separação entre a rua e a escola, os poucos jogos e brincadeiras que hoje se aprende nas ruas podem servir em muito para as nossas aulas.
Os jogos e brincadeiras populares citados por Kishimoto apud Moreira (2008), por serem passados de geração em geração, trazem toda uma bagagem cultural, é muito rico em questões de respeito e de convivência, os quais uma criança não consegue jogando a frente de um computador ou vídeo-game. Possibilitar as vivências corporais coloca a criança defronte aos seus medos e aumenta sua capacidade de resolução de problemas, preparando-as para o futuro. A responsabilidade da escolha da atividade apropriada é do Professor de Educação Física escolar, que deve propor situações onde a criança possa correr, pular, rolar, girar, explorar as suas habilidades e desenvolver mais algumas.
Segundo HUIZINGA (1980, p. 33)
 o jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em sim mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida quotidiana.
Todo jogo tem sua regra própria, com elas a criança consegue desenvolver habilidades para entender as regras do dia-a-dia, uma criança que brinca e compreende as regras de um jogo ou brincadeira, se torna um adulto entendedor das regras da vida.
Os jogos como conteúdos escolares podem ser considerados como um dos que apresentam maiores facilidades de aplicação por diferentes razões, entre elas:
·              Não são desconhecidos da criança, uma vez que a maioria já participou de diferentes jogos e brincadeiras;
·              Não exigem espaço ou material sofisticado (embora possam existir jogos com tais exigências);
·              Podem variar em complexidade de regras, ou seja, desde pequeno pode-se jogar com poucas regras ou chegar a jogos com regras de altíssimo nível de complexidade;
·              Podem ser praticados em qualquer faixa etária;
·              São divertidos e prazerosos para os seus participantes (a menos que sejam levados a extremos de competição);
·              Aprende-se o jogo pelo método global, diferentemente do esporte, que geralmente é aprendido/ensinado por partes. Ao contrário, em um grande jogo, aprendemos jogando, não se explica e se “treina” as partes para depois se jogar; a graça de se aprender o jogo está em justamente jogá-lo. Não se aprende a arremessar para depois se aprender a jogar queimada, o arremesso é aprendido durante o jogo. Se o arremesso deve ser mais forte, mais forte, mais fraco, em determinada direção, para cima ou para baixo, é o contexto do jogo que vai determinar. Os jogos coletivos foram criados desta maneira, as pessoas aprendiam jogando, somente mais tarde, com a técnica e a ciência é que passou a ensinar com decomposição de partes. (DARIDO e RANGEL, 2005, p.158; 159).
Os jogos e brincadeiras tradicionais elevam o conhecimento intelectual das crianças, conhecer a história de um jogo, saber de onde veio, e os lugares onde se joga. Sabemos que os jogos e brincadeiras modificam de região para região, conforme afirmam Darido e Rangel (2005) as brincadeiras costumam variar conforme a região, mas mantêm sua essência e sua forma; essas diferenças deveriam ser ensinadas aos alunos conforme elas aparecem e de acordo com o nível de interesse dos mesmos.
Muitos dos jogos e brincadeiras que ainda conhecemos nos dias de hoje podemos encontrar no quadro que veremos logo abaixo chamado “Brincadeiras infantis”. Esse quadro foi pintado pelo artista holandês, Pieter Bruegel, por volta do ano de 1560.

Brincadeiras infantis, BRUEGEL, 1560, 118 cm x 161 cm. http://www.educandario.com.br/Revista/220909/peqbruegel.jpg

Observando esta pintura conseguimos elencar 84 brincadeiras com as quais as crianças brincavam por volta de 1560. Podemos também observar o estilo do bairro, ruas amplas de terra batida, muito espaço para que as crianças brinquem a vontade, aspectos que nos dias de hoje são quase impossíveis de se encontrar.
As brincadeiras costumam variar conforme a região, mas mantêm sua essência, sua forma e sua poesia. O aspecto que mais se altera é a letra das canções e o próprio nome dos jogos. Aliás, no Brasil, há uma riqueza muito grande de jogos e brincadeiras, uma vez que os herdamos dos portugueses, índios e negros numa quantidade incrível. (DARIDO e RANGEL, 2005, p.158).
DARIDO E RANGEL (2005) dizem que: “a Educação Física, ao considerar o jogo conteúdo, colabora para que o mesmo continue a ser transmitido de geração, alicerçando esse patrimônio cultural tão importante para a humanidade.” (p. 158)
Contudo não podemos desvincular estes conteúdos das aulas de Educação Física Escolar, nossos alunos merecem ter contato com todas estas vivências, sejam elas motoras ou intelectuais.
As aulas de Educação Física Escolar são um rico momento de trocas de cultura, nelas acontece o que podemos chamar de pluralidade cultural, pois nossos alunos são oriundos de diversas regiões, assim como seus pais, com isso trazem uma bagagem cultural imensa.
Como proposta de trabalho a ser desenvolvida na aula de Educação Física, vamos analisar o que segundo Neira & Nunes (2008), pode ajudar em muito nossas expectativas junto aos nossos alunos.
Segundo NEIRA & NUNES (2008, p. 252)
socializar e ampliar o repertório de brincadeiras, rodas cantadas e lengalengas pertencentes à cultura corporal. Conhecer suas variações regionais, procedimentais e nominais. Adaptá-las para as condições do grupo (número de alunos, espaço físico, tempo de aula). Adotar uma postura participativa e não preconceituosa em relação às diferenças físicas, sexuais e raciais.

Seguindo a proposta de Neira (2008) de montar um projeto para se trabalhar com os jogos e brincadeiras populares podemos ter a dimensão da grandeza das propostas e possibilidades para se conseguir desenvolver o trabalho com jogos e brincadeiras.
Pensando neste texto resolvemos elaborar com os alunos uma pesquisa, onde eles perguntariam a seus pais e avós, com quais brincadeiras eles brincavam na infância, em outro momento em sala de aula levantamos quais as brincadeiras que os alunos brincam nos dias de hoje, para depois colocar no quadro as brincadeiras dos pais, para nossa surpresa as brincadeiras antigas são pouco brincadas nos dias de hoje. Elas estão perdendo espaço para as brincadeiras individuais, onde o brincar é isolado, sozinho.
Passando esta etapa de levantamento das brincadeiras que os pais e avós de meus alunos brincavam, elaboramos um projeto de resgate folclórico de jogos e brincadeiras, onde colocamos algumas das brincadeiras citadas pelos pais e avós. Elencamos todas as brincadeiras citadas, no quadro e cada sala foi escolhendo quais brincadeiras eles queriam aprender, no mês de Agosto de 2009, demos inicio ao projeto, o qual foi enriquecedor e muito proveitoso para os alunos.
Os jogos e brincadeiras tradicionais serviram como facilitador para as aulas de Educação Física Escolar, pois além dos alunos terem o contato com os jogos nas aulas, ao chegar a casa, podiam contar com o apoio de seus pais, que também conheciam os jogos e brincadeiras e podiam contribuir com mais informações, as quais sempre enriqueciam as próximas aulas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após realizarmos esta revisão bibliográfica podemos perceber o quão importante para os nossos alunos é o resgate dos jogos e brincadeiras tradicionais, pois além de terem um vasto e rico repertório motor, é uma fonte inesgotável de cultura, possibilitando inúmeras possibilidades de aprendizagem motora e cultural.
Podemos perceber que nossos alunos estão a cada dia perdendo os espaços para que possam se movimentar e colocar seus corpos em ação.
Percebemos que os jogos de vídeo-game, computador e a televisão são grandes aliados de pais e crianças quando pensamos no brincar, mas estes vêm tirando as possibilidades de aprendizagem motora de nossos alunos.
As aulas de Educação Física Escolar podem se tornar muito mais atrativas e possibilitar inúmeras combinações de jogos e brincadeiras, para que a aprendizagem motora e cultural de nossos seja significativa, podemos traçar um elo de aprendizagem, escola-familía-escola, ou família-escola-familía, que facilita as nossas vidas de Professores de Educação Física Escolar, e melhora em muito os aspectos motores de nossos alunos, tendo em vista que os pais também conhecem algumas das atividades que vamos trabalhar durante nossas aulas, podendo contribuir com sugestões e trazendo novas formas de brincar.

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JOGOS E BRINCADEIRAS TRADICIONAIS, UMA PROPOSTA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR